Luta de carroceiros/as de BH/MG: o direito de trabalhar e respeito aos cavalos e éguas. 6ª Parte. 07/7/2018.
Quem procura conhecer melhor a realidade dos carroceiros e carroceiras de Belo Horizonte/MG, seu modo de ser, de viver e de relacionar com os cavalos e éguas que puxam suas carroças, logo percebe a injustiça do Projeto de Lei 142/79 que tem como objetivo criminalizar a categoria, justificando maus tratos aos animais, e, sob esse álibi, substituir os cavalos por motos para puxar as carroças. Esses trabalhadores e trabalhadoras têm muito entranhada em sua atividade a defesa e a proteção dos cavalos e éguas e têm com esses animais uma relação de afeto e cuidado como se fossem membros de suas famílias. Sabem que precisam desses parceiros e parceiras saudáveis, bem cuidados, para dar movimento à carroça, tornar possível o trabalho e garantir seu próprio sustento e/ou da família. Carroceiros e carroceiras são a favor da fiscalização para que os animais sejam bem tratados e sugerem que companheiros e companheiras que estiverem em desacordo com essa exigência sejam acompanhados e orientados para que possam retomar à atividade com novo comportamento, de forma a ter assegurado o direito ao trabalho. Estima-se que em Belo Horizonte tenha 10 mil carroceiros e carroceiras que, com dignidade, desse trabalho sobrevivem, além de contribuírem com o serviço de limpeza urbana e com o meio ambiente. É uma grande injustiça e um total desrespeito à sua tradição, aos seus saberes, serem tratados como descartáveis, eles que são verdadeiro patrimônio cultural da capital mineira. Carroceiras e carroceiras e uma grande Rede de Apoio dizem NÃO ao PL 142/2017 e apoiam a fiscalização da Prefeitura em relação aos cuidados e respeito com os animais. Carroceiros e carroceiras querem construir, junto com a Prefeitura de Belo Horizonte, uma política pública efetiva que garanta o direito ao trabalho dos carroceiros e carroceiras e as condições adequadas de vida para todos os animais.
* Reportagem em vídeo de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI.
Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT-MG. Belo Horizonte/MG, 07/7/2018.
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