Caso Padre Amaro terá primeira audiência de Instrução e Julgamento
Serão ouvidas supostas vítimas, testemunhas e o Padre Amaro. “Agora começa verdadeiramente o processo, para discutir, analisar, impugnar, as provas obtidas de forma unilateral. Acreditamos que vamos conseguir provar a inocência de Amaro”, ressalta integrante da defesa do religioso.
(Por Mário Manzi – Assessoria de Comunicação CPT | Imagem: CPT Pará)
Após pouco mais de dois meses de liberdade, Padre José Amaro Lopes (ao centro da imagem) passará, nesta quarta-feira (12), pela primeira audiência de Instrução e Julgamento no processo em que responde pelos delitos de lavagem de dinheiro, extorsão, esbulho possessório, e associação criminosa.
A ser realizada no município de Anapu, no Pará, a audiência deve ouvir as supostas vítimas – fazendeiros que acusam o padre pelos delitos acima –, inquirir as testemunhas de acusação e de defesa, e tomar as declarações de Amaro, nesta ordem de oitivas.
Caso todas as testemunhas arroladas não sejam ouvidas, a audiência poderá ser dividida em mais de um dia. Entretanto, mesmo se realizada apenas na quarta-feira, ainda não há possibilidade de decisão, uma vez que deve ocorrer audiências de precatórias, em outras cidades.
Encerrada a fase de instrução, o juiz abrirá prazo para o Ministério Público e os assistentes de acusação oferecerem as razões finais. Em seguida, o processo será remetido à defesa, que procederá às razões finais. Somente após isso o processo deve voltar ao juiz para proferir a sentença de primeiro grau.
Marco Apolo Santana Leão, que compõe a equipe jurídica de defesa de Padre Amaro e membro da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), informa sobre a relevância da audiência. “Até agora, só foram produzidas provas e depoimentos inverídicos de um lado, uma vez que a polícia foi tendenciosa na apuração dos fatos. Nenhuma testemunha de defesa foi ouvida, os advogados não puderam fazer perguntas. Agora começa verdadeiramente o processo, para discutir, analisar, impugnar, as provas obtidas de forma unilateral. Acreditamos que vamos conseguir provar a inocência de Amaro.”