Carta do padre Amaro, preso injustamente em Altamira, Pará.
Altamira, 21/4/2018
Boa tarde!
Irmão e irmã, que Deus abençoe cada um e cada uma. Obrigado por tudo. Aqui vivo o evangelho na prática, no meio desses irmãos. O presídio tem capacidade para 190 (cento e noventa) detentos e aqui tem 400 (quatrocentos). É por isso que se dão as rebeliões. Todos gostam de mim aqui, menos os que mandaram matar a Dorothy: Regivaldo (Taradão), Derby Antônio Rosa, grileiro do lote 83 da gleba Bacajá.
Obrigado, de coração, a todos(as). Isso tudo só me fortalece na missão. Essa semana tive a visita de meu irmão na luta, Felício Pontes (procurador do Ministério Público Federal), com um grupo dos Direitos Humanos, a Geuza, Chiquinho e a Dra. Clara, da CPT de Marabá. Obrigado, minha família de missão, Kátia, Jane, Padre Bento, Maria dos Santos e todos os paroquianos, e a Eunice, que está em nome da Família Lopes. A Dom João Muniz Alves, bispo da Prelazia de Xingu, Dom Erwin Kräutler, bispo emérito da Prelazia de Xingu, todos do Centro de Pastoral, e ao Padre Patrício, representando todos os irmãos no presbitério.
Dorothy vive, sempre, sempre. E o Amaro também ainda vive.
Um grande abraço. Axé! PAZ E BEM!
Padre Amaro