Ecoando a profecia indígena do cacique Merong, do Território Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG. Por frei Gilvander Moreira[1]
Encantou-se o guerreiro Cacique Merong (Wallace Santos Souza. Ele gostava de ser chamado pelo nome indígena), liderança do povo Kamakã Mongoió, da Retomada/Território Indígena Kamakã Mongoió, em Córrego de Areias, Brumadinho, MG. Grande liderança do povo indígena mineiro e brasileiro, Merong enfrentou heroicamente policiais da Polícia Militar de Minas Gerais, a mineradora VALE S/A assassina reincidente e seus capangas, e quem atrapalhava o fortalecimento da Retomada. Merong foi encontrado dia 04 de março de 2024, por volta das 8 horas da manhã, na sua casa no meio da mata na Retomada Kamakã Mongoió, casa distante mais de 200 metros da casa da Cacique Katorã, também na mata. A Polícia Civil levou o corpo do Merong para o Instituto Médico Legal de Betim e, após o retorno do corpo, o velório aconteceu no Território Kamakã.
Entretanto, na madrugada do dia 06 de março de 2024, a mineradora Vale conseguiu na Justiça Federal uma liminar que proibia o sepultamento, melhor dizendo, na linguagem indígena, semear e plantar o cacique Merong no Território Kamakã Mongoió, em Brumadinho. Ter acatado o pedido judicial da Vale S/A foi uma decisão da Justiça Federal mais desumana, brutal, violenta e inconstitucional que já vi na minha vida. A mesma Justiça que deixa impune a mineradora Vale S/A por muitos crimes, inclusive por ter sepultadas vivas 272 pessoas no crime bárbaro em Brumadinho, agora concede à Vale S/A uma decisão judicial que proíbe enterrar o cacique Merong.
Só na mitologia grega se diz que houve a proibição de se enterrar um morto. Pior: no processo judicial visando proibir sepultar o cacique Merong no Território Kamakã, como era desejo expresso dele, a Vale S/A arrolou como réus um morto, o cacique Merong; mãe dele, a cacica Katorã, em luto profundo; e a criança indígena sobrinha do Merong, Kenowara, de 9 anos de idade. Que estes muitos crimes perpetrados contra o cacique Merong, o Povo Kamakã Mongoió e todos os povos indígenas sejam apurados com rigor, julgados e os responsáveis punidos exemplarmente.
Para enterrar 272 pessoas vivas na lama tóxica de Brumadinho dia 25 de janeiro de 2019, a mineradora Vale não pediu licença, agora quis impedir o sepultamento de uma liderança indígena morta, que, aliás, lutava fortemente contra ela, em seu território. A Vale violentou até rituais indígenas ancestrais!!! O que está acontecendo com o poder judiciário? Exigimos Justiça!
Seguiremos firmes na luta ao lado dos Povos Indígenas e, especificamente, do Povo Kamakã Mongoió, umas das famílias do Povo Pataxó Hã Hã Hãe. Consideramos imprescindível ecoarmos a voz, os gritos por justiça, a profecia vivenciada intensamente pelo Cacique Merong nos seus 36,5 anos. Neste sentido transcrevemos abaixo o “Discurso implacável do Cacique Merong, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos, dia 19 de maio de 2023. Parece que Merong já antevia o que aconteceria com ele. Que fala eloquente! Que firmeza! Merong bradou: “Que o meu corpo possa servir de adubo para aquela terra. As gerações futuras, meus filhos, netos, bisnetos… vão saber da luta que travei sem trégua em um país que nós somos originários.”
Com a Palavra, abaixo, Merong, que, mesmo sem seu corpo físico, continuará vivo em nós sempre na luta por todos os direitos humanos dos Povos Originários e de todos os Povos.
O Cacique Merong saudou a todes na língua Kamakã e continuou: “Eu sempre gosto de iniciar as minhas falas falando na língua indígena, porque nós estamos no país, que é Pindorama, e Pindorama é Território Indígena, porque antes de chegarem as mineradoras, já existiam os Povos Indígenas aqui. Então, a minha fala hoje é uma fala de denúncia e é uma fala guardada para um momento como este. Como já diz uma frase, o passado constrói o presente.
Eu sou o cacique Merong, sou filho da cacica Katorã, também sou tio da criança Kenowara[2], e somos os guerreiros que iniciamos a Retomada do Território Kamakã Mongoió no Córrego de Areia, em Brumadinho, MG. Porque se o passado constrói o presente, o nosso povo faz parte de uma grande família chamada Pataxó Hã Hã Hãe. O nosso povo não surgiu de lugar nenhum, nós sempre estivemos aqui. Há 40 anos, a minha avó teve que migrar para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), MG, se refugiar nas vilas e favelas em busca de saúde para um tio que chegou aqui deficiente de tanto trabalhar para fazendeiro quando as nossas terras haviam sido roubadas na Bahia. E eu sou nascido em Contagem, na RMBH, que é um Território Indígena também.[3] “O passado constrói o presente.” Nós nunca deixamos de ser indígenas; deixamos às vezes de praticar nossa cultura por causa da repressão que sofremos, mas o nosso povo, ele é como Fênix, ele ressurge da cinza.
No ano de 2008, nós iniciamos a luta pelo espaço de venda do artesanato de onde os nossos parentes haviam sido expulsos pela própria prefeitura de Belo Horizonte. A minha tia faleceu com leucemia, com papéis que ela encaminhava para o Ministério Público pedindo o espaço de volta. Ela sonhou com aquele espaço e nós retomamos em 2008. Então foi a nossa luta que garantiu o espaço onde os parentes estão trabalhando hoje, foi a retomada do espaço da Feira Hippie no ano de 2008. É uma tristeza que muitos parentes não puderam estar vendendo seus artesanatos porque eles faleceram até pela angústia de serem reprimidos na capital de Minas Gerais.
No ano de 2017, a família Kamakã fez a frente de luta por Território na FUCAM, conhecida como Fundação Caio Martins, passando a se chamar Aldeia Kamakã Grayra, em 2017. No ano de 2018, eu estava como vice-cacique da Aldeia Kamakã Grayra, e no ano de 2019, 25 de janeiro, a barragem da mineradora Vale estoura em Brumadinho e contamina o Rio Paraopeba, rio que nós pescávamos, rio que seria herança dos filhos da Kenawara, que é uma criança hoje de 9 anos. E por causa também do estouro da barragem, surgem conflitos internos e o nosso povo teve que se espalhar e sair do Território, porque já não tinha mais a sua vida, o seu cotidiano normal por causa da mineradora Vale. E eu prometi para minha mãe que nós faríamos uma nova Retomada para o nosso povo que já não estava mais naquele Território que foi contaminado, não só contaminado pela lama tóxica, mas também contaminado pela ganância. E de 2019 a 2021, nós pedimos ao Grande Espírito que nos guiasse para um Território, que nos levasse, que nos conduzisse para um Território.
No dia 23 de outubro de 2021, nós chegamos ao Córrego de Areia, onde nós fincamos o marco e fizemos uma Retomada. Nós não fizemos essa Retomada escondido, nós anunciamos para o mundo inteiro que nós, Kamakã Mongoió, estávamos fazendo Retomada do nosso Território. O Córrego de Areia é um Território muito grande, muito grande. Nós passamos um mês, dois meses acampados, reconhecendo o Território e vendo se nós podíamos usar aquele Território para nós vivermos. Faltava água potável e nós encontramos a água potável. A água potável estava num Território que a mineradora Vale tinha comprado. Nós não escolhemos entrar num Território da Vale, ninguém nos mandou ir lá. Quem nos levou para lá foi a força do Grande Espírito, foi a força da floresta, porque a floresta é viva, a água também é viva. E quando eu falo que é um Território Ancestral, eu não estou inventando mentira para vocês e nem contando mentira para ninguém.
Nós passamos mais de cinco meses com pouquíssimas pessoas fazendo a frente da luta. E nós enfrentamos a fúria da Vale, nós enfrentamos as articulações da Polícia Militar. Quem foi que nos segurou? Quem nos manteve naquele Território foi a nossa força ancestral, a nossa espiritualidade, o nosso cântico. Quando a polícia chegava lá perguntava: “Só tá vocês aqui?” “Nossos parentes estão aí dentro da floresta”, eu dizia para eles. E realmente estavam e estão.
E hoje eu me levanto novamente para dizer que nós não saímos daquele Território. Que o meu corpo possa servir de adubo para aquela terra, mas as gerações, meus filhos e netos vão saber da luta que o Merong Kamakã fez em um país que nós somos originários. Os meus avós, a minha mãe, eles não vieram da Europa, eles sempre estiveram aqui, o nosso povo sempre circulou por esse país chamado Brasil.
Quando eu vivia na periferia, na minha infância, às vezes, a gente passava por problemas e eu e o meu irmão olhávamos para as montanhas e tentávamos chegar até a montanha, só que nós não conseguíamos, nós éramos muito pequenos. E hoje nós moramos dentro da montanha que é aquelas montanhas de Casa Branca que vocês veem. Hoje nós somos guardiões do Córrego de Areia. Como pode pouquíssimas pessoas enfrentarem tantos seguranças da mineradora Vale? Como pode vencer a intimidação que nós passamos ali dessa mineradora assassina que envia drone, que envia Polícia Militar? Existe uma força maior que nos levou para ali.
A nossa mensagem está sendo transmitida à sociedade e que os infiltrados da Vale no nosso meio possam levar essa mensagem. Vocês sabem quanto tempo que eles demoraram para nos descobrir na terra que eles compraram? Três meses. Nós já tínhamos plantado feijão e mandioca, já estávamos quase colhendo feijão. Eles estão comprando tudo. E agora eu falo e afirmo: quer fazer reparação? Deixa nós usufruirmos de tudo o que tem natural, da água, da terra. Devolve aquilo que é nosso, que é a nossa dignidade, é isso que nós queremos.
Eu não escolhi fazer esse diálogo, assim como eu também não escolhi ocupar um Território chamado Território da Vale, mas a natureza pede socorro! Quem já ouviu falar no Apocalipse? Para os povos indígenas é o segundo Apocalipse, porque o nosso povo vivia nas florestas desse país chamado Brasil, vivia em liberdade, não tinha limites, migrava, morava, dormia onde queria e o nosso mundo foi destruído por essa chamada evolução e a mesma chamada evolução está destruindo o próprio mundo que criou, por causa da ganância!
A mineradora Vale construiu um cemitério em cima de outro cemitério de uma sociedade, chamado Aratu, que são povos que vieram do Nordeste. E a mineradora Vale segue minerando em cima dos cadáveres daquelas pessoas que ela matou, que ela chama de joias.
Reconhecemos a luta de cada pessoa que perdeu sua vida no crime da Vale, mas será que nós que estamos vivos não deveríamos ser valorizados? Será que a nossa cultura enquanto povo milenar desse país chamado Brasil não deve ser respeitada? Lagoa Santa é o berçário dos povos indígenas do tronco Macro-jê. Nós não somos invasores de terra, nós somos filhos originários dessa terra e temos a esperança de que ainda vai existir água limpa e floresta de pé nesse país chamado Brasil. Awerê!”
As falas transcritas do Cacique Merong agora se tornam importantes documentos sobre a profunda história e luta pelos direitos indígenas em Minas Gerais e no Brasil. Nossos corpos – boca, mãos, pés, cabeça, coração… – serão o corpo vivo do Cacique Merong que se encantou, “virou passarinho”, conforme dizem nossos parentes indígenas. O sangue de Merong continuará circulando nas nossas artérias nos encorajando, suas ideias na nossa cabeça nos guiando, seu coração estará em nossos corações amando e cuidando como ele cuidava, suas mãos em nossas mãos fazendo o que ele nos ensina a fazer, seus pés em nossos pés pisando firme nas lutas justas, urgentes e necessárias.
Enfim, a vida do Cacique Merong grita, ecoa e ressoa… “Irá chegar um novo dia e neste dia os oprimidos a uma só voz a liberdade (e a justiça) irão cantar…”
12/03/2024
Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.
1 – Cacica Katorã, do Povo Kamakã Mongoió, de Brumadinho, MG: “A luta pelo Território vai continuar. Não arredamos o pé daqui. Merong jamais suicidaria. Tiraram a vida dele” – 04/03/24
2 – Policial manda Cacique Merong recorrer ao capeta. Aponta arma. Cacique Kamakã sob risco de ser morto
3 – Trajetória apaixonante do Povo Indígena Kamakã Mongoió de “Vitória da Conquista/BA” (massacre) até a Retomada de Território em Brumadinho, MG. Aula Magna do cacique Merong na VII Semana de Antropologia e Arqueologia da FAFICH/UFMG, 25/11/22
4 – Mística Kamakã Mongoió e música indígena na conclusão da VII Semana de Antropologia e Arqueologia da UFMG, em Belo Horizonte, MG, dia 26/11/22. Vídeo 1
5 – “Resistiremos e só saímos mortos. PM não pode despejar indígenas. Quem deve julgar nosso caso é a Justiça Federal.” Cacique Merong, na Mesa de Negociação do Governo de MG, 23/3/22. Retomada Indígena Kamakã Mongoió, de Brumadinho, MG.
6 – “As Retomadas são um sopro de vida para nós indígenas. Nós vamos resistir com nosso corpo na luta.” (Cacique Merong, Kamakã Mongoió, de Brumadinho, MG. DESPEJO ZERO exigimos! Vídeo 4 – 21/3/22.
7 – Cacique Merong na Mesa de Negociação em MG, na iminência de Despejo da Retomada Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG: “Seu eu morrer na luta pelo nosso território, morrerei com dignidade. Temos o direito de existir.” Filmagem de Frei Gilvander – 11/03/22
8 – Retomada Indígena Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG. Frei Gilvander entrevista o cacique Merong Mongoió e a cacica Katorã – Vídeo 1 – 15/11/2021.
9 – A terra é sagrada, patrimônio da humanidade. Luta do Povo Indígena Kiriri, em Caldas, sul de MG – Vice-Cacique Merong Kamakã Mongoió. 07/11/2018.
10 – Cacique Merong: “Nossa Retomada Kamakã, em Brumadinho, MG, é em defesa da humanidade. Exigimos a Revogação da Resolução do Zema/SEMAD, que aniquila o Direito à Consulta Prévia …” Na ALMG, Vídeo 6 – 19/05/23
11 – APOINME, Cacique Merong, Pataxós e Pagé Paulo na Retomada Xukuru-Kariri, em Brumadinho, MG: 2 anos de luta e muitas conquistas. Vídeo 5 – 25/02/24
12 – Cacique Merong e Poliana, do MLB, na Retomada TERRA MÃE, de Betim/MG: “Povo Indígena Warao e de centenas de famílias sem-teto, aqui não vai ter despejo. Acreditem na luta e construam suas casas e nelas morem”. Vídeo 2 – 27/09/23
13 – Retomada Kamakã Mongoió, em Brumadinho/MG. Merong: “a criança indígena Kenowara sendo formada para ser cacica para a luta seguir com as próximas gerações” – 21/10/23
14 – Saga e resistência do Povo Indígena Kamakã Mongoió. Por cacique Merong, na Pré-Jornada da Agroecologia de MG, da Teia dos Povos de MG, no Quilombo Manzo, em BH-MG – Vídeo 9 – 21/04/23
15 – Mestre Joelson, da Teia dos Povos, e cacique Merong do Povo Kamakã Mongoió, de Retomada em Brumadinho, MG: elos da história Kamakã Mongoió
16 – Cacica Katorã, do Povo Kamakã Mongoió, de Brumadinho, MG: “A luta pelo Território vai continuar. Não arredamos o pé daqui. Merong jamais suicidaria. Tiraram a vida dele” – 04/03/24
17 – “Votar a favor dos Povos Indígenas e da preservação da Amazônia e dos biomas ou …?” (Cacique Merong, criança Kenowara Akyçã e Cacica Katorã, da Retomada Indígena Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG. Vídeo 1 – 23/10/22
18 – História do Povo Kamakã Mongoió. Cacique Merong no Centro Universitário UNA, em BH: Serviço Social e a luta pela terra, moradia, territórios e preservação ambiental. “Sem Povos Indígenas não terá preservação ambiental”. Vídeo 1 – 23/9/22
19 – Kenowara, criança indígena, e cacica Katorã enfrentam a Vale S/A, na Retomada Kamakã, em Brumadinho/MG: “Davi enfrentando Golias”. Viva a luta indígena! @ForaMarcoTemporal – Vídeo 2 – 21/08/23
20 – Retomadas Kamakã e Xukuru-Kariri em Brumadinho, MG, irmanadas na luta pelo Território: Cacique Merong e Adv. da APIB, na Mesa de Negociação: “Não abrimos mão do nosso direito ao Território”, dia 11/05/23 – Vídeo 2
21 – Horta Comunitária e Escola Indígena na Retomada Indígena Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG: que beleza! – 22/10/22
22 – CIMI pede que Processo contra Retomada Indígena Kamakã, em Brumadinho, MG, vá para CEJUSC do TJMG e Des. Dr. Newton espera o envio pelos desembargadores do caso. DESPEJO ZERO exigimos! Vídeo 3 – 21/3/22
23 – Crianças indígenas plantando árvores frutíferas na Retomada Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG: que beleza! Vídeo 5 – 09/12/2021.
24 – Convivendo em harmonia com a natureza, plantando árvores e criando galinhas: Retomada Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG, Vídeo 4 – 09/12/2021.
25 – Mística indígena Kamakã Mongoió na Retomada em Brumadinho, MG, acolhendo a FUNAI, em visita de reconhecimento. Vídeo 3 – 09/12/2021.
26 – FUNAI VISITA Retomada Indígena Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG: mandioca plantada, água e recepção à FUNAI. Vídeo 1 – 09/12/2021.
27 – O Grande Espírito guia a Retomada Indígena Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG. Frei Gilvander gravando com o cacique Merong Mongoió e a cacica Katorã – Vídeo 2 – 15/11/2021.
28 – FUNAI reconhece Retomada Kamakã Mongoió, em Brumadinho, MG, e promete defender os direitos dos indígenas. Vídeo 2 – 09/12/2021.
29 – Incêndio no Museu Nacional/RJ: O descaso com a memória, com a história – Dra. Alenice Baeta, Cacica Marinalva e Vice-Cacique Merong, ambos do Povo indígena Kamakã Mongoió, em entrevista a frei Gilvander. 03/9/2018.
[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH, em Belo Horizonte, MG. Autor de livros e artigos. E “cineasta amador” (videotuber) com mais de 6.000 vídeos de luta por direitos no youtube, canal “Frei Gilvander luta pela terra e por direitos”. E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.gilvander.org.br – www.freigilvander.blogspot.com.br – www.twitter.com/gilvanderluis – Facebook: Gilvander Moreira III
[2] Assista ao vídeo Retomada Kamakã, Brumadinho/MG. Merong: “a criança indígena Kenowara sendo formada para ser cacica” – https://www.youtube.com/watch?v=_Rw6rweYtyc
[3] No Censo do IBGE, de 2022, 796 pessoas se autodeclararam indígenas na cidade de Contagem, MG. Cf. o artigo Luta e Resistência Indígena na RMBH cresce e fortalece, de frei Gilvander Moreira no link http://gilvander.org.br/site/luta-e-resistencia-indigena-na-rmbh-cresce-e-fortalece-por-frei-gilvander-moreira/