Jovens Quilombolas visitam experiências agroecológicas em Porteirinha, MG!

Jovens Quilombolas visitam experiências agroecológicas, em Porteirinha, norte de MG!

Juventude e Agroecologia.

Um grupo de jovens Quilombolas do Território Brejo dos Crioulos, do norte de Minas Gerais, visitou experiências agroecológicas apoiadas pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Porteirinha, região Norte de Minas. A visita ocorreu nos dias 29 e 30 de novembro de 2018.

Os jovens são formandos do curso técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Montes Claros, campus Estrela do Norte, este localizado no assentamento do MST, também em Montes Claros. O grupo é formado por 11 jovens do Território de Brejo dos Crioulos e esta turma foi uma articulação feita pelo grupo de educação popular Vovó Aleixa, organizado pela comunidade de Brejo.

O território Quilombola Brejo dos Crioulos, com 17.300 hectares, está localizado nos municípios de São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia, no norte de Minas Gerais. A luta do povo Negro resultou na conquista de grande parte do Território, que antes estava grilado nas mãos dos latifundiários. A comunidade quilombola sofria com conflitos e violências. Hoje, vive a esperança concreta de melhoria de vida, garantia de permanência na terra ancestral e novas possibilidades de organização produtiva.

Na atividade, organizada pelos jovens, STR de Porteirinha e Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Arquidiocese de Montes Claros, foram visitadas experiências de camponeses que atuam com: banco de sementes crioulas, produção agroecológica, horta orgânica, produção de leite, técnicas de convivência com semiárido e um grupo de jovens que organiza a produção de polpa de frutas.

Fotos: Arquivo da CPT do norte de MG.

As histórias de vida dos camponeses e suas experiências com a agroecologia enriqueceram e contribuíram em muito na formação dos jovens Quilombolas. Um grande desafio na comunidade, frente às dificuldades ambientais, políticas e econômicas: – fortalecer experiências produtivas no Quilombo, com produção de alimentos e vida saudáveis; – Conviver com o bioma Caatinga/Semiárido;  – cuidar da Casa Comum e manter viva a esperança de viver no Quilombo garantindo a cultura e o território ancestral.

Informações: Comissão Pastoral da Terra / Arquidiocese de Montes Claros.