“Lutar pela verdade” (Dra. Eliane, pró-Reitora da UNIFAL), na ALMG: defesa de 450 famílias do MST em Campo do Meio/MG. 22/11/2018. Vídeo 8.

“Lutar pela verdade” (Dra. Eliane, pró-Reitora da UNIFAL), na ALMG: defesa de 450 famílias do MST em Campo do Meio/MG. 22/11/2018. Vídeo 8.

Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Profa. Dra. Eliane Garcia Rezende. Foto: frei Gilvander

A Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Profa. Dra. Eliane Garcia Rezende, participou da Audiência Pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no dia 22/11/2018, que debateu a Ação de Reintegração de Posse do latifúndio da ex-usina Ariadnópolis (3.900 hectares), onde está estruturado o Quilombo Grande (11 Acampamentos do MST), em Campo do Meio, sul de Minas. A Pró-Reitora, que ali representou o Reitor da Universidade, Prof. Sandro Amadeu Cerveira, manifestou-se em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do Quilombo Campo Grande, confirmando o apoio da Universidade e sua luta pela verdade; e ressaltou que como professora e pesquisadora da UNIFAL trabalha, com um grupo de pesquisadores/as, com as famílias dos Acampamentos desde 2006 e é testemunha do “belíssimo trabalho” (palavras da Profa. Eliane) realizado por essas famílias, trabalhando a terra e nela produzindo de forma orgânica e agroecológica. Esse conflito agrário se arrasta há 20 anos. A antiga Usina Ariadnópolis, de açúcar e álcool, decretou falência em 1996, quando encerrou suas atividades, abandonou 3.900 hectares de terra e deixou sem salários, sem indenizações os trabalhadores e trabalhadoras da empresa. As dividas trabalhistas ultrapassam R$300 milhões. As famílias, então, ocuparam o latifúndio e nele começaram a trabalhar. Hoje, nessas terras, há 1.200 hectares de lavoura de milho, feijão, mandioca e abóbora, 40 hectares de horta agroecológica e 520 hectares de café orgânico, totalmente puro, além de centenas de casas, currais e quilômetros de cerca, resultado do trabalho de mais de 2.000 pessoas. É inadmissível e injusto que em nome do capital e dos capitalistas, em nome do agronegócio, essas famílias sejam despejadas de uma terra que ocuparam por estar abandonada, sem cumprir sua função social e a transformaram com sua luta, com seu trabalho e transformaram também suas vidas. O justo e de legítimo direito é que essas 450 famílias tenham garantida a permanência definitiva nessas terras e possam continuar trabalhando e vivendo com dignidade e paz. Obs.: O desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), suspendeu, no dia 30 de novembro/2018, a reintegração de posse do acampamento Quilombo Campo Grande, na cidade de Campo do Meio (MG). O magistrado entendeu que, devido à necessidade de uma análise mais aprofundada do caso, que envolve diretamente questões de ordem social de uso e ocupação da terra, é prudente a suspensão da reintegração da posse, mantendo as famílias na área.

*Vídeo original das gravações do streaming da TV Assembleia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Divulgação de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CPT e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, colaboradora da CPT-MG. Belo Horizonte/MG, 22/11/2018.

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