Religiosas/os de 30 congregações, leigas/os e padres da Amazônia denunciam prisão injusta e arbitrária de Padre Amaro.
Nós, 90 religiosos e religiosas, de 30 Congregações, leigos e leigas, e padres diocesanos dos países Panamazônicos reunidos em Tabatinga, AM (Brasil), no Encontro de Congregações Religiosas com Projetos em Perspectiva Pan-Amazônica, organizado pela Confederação Caribenha e Latino Americana de Religiosas /os (CLAR) e Rede Eclesial Panamazônica (REPAM) – nos dias 20 a 24 de abril de 2018, onde refletimos sobre “A missionariedade Pan-Amazônica na ótica da ecologia integral”, manifestamos nosso apoio com a Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur, e nosso repudio sobre a detenção arbitraria e a criminalização contra o Padre José Amaro Lopes Sousa que faz parte da equipe pastoral da Prelazia de Xingu e ao mesmo tempo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que vem dando continuidade aos trabalhos e atividades que vinha realizando a Irmã Dorothy Stang e que foi assassinada brutalmente em 12 de fevereiro de 2005.
Reconhecemos que o Padre Amaro vem dando continuidade com muito empenho aos projetos de desenvolvimento sustentável que foram criados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e tiveram seu melhor êxito na região de Anapu, no Pará, graças ao esforço e ao trabalho incansável da Ir. Dorothy, seria o motivo de sua perseguição e consequente prisão injusta.
Denunciamos a detenção arbitraria e a criminalização contra o Pe. Amaro, vítima de um complô dos poderes políticos e econômicos, e exigimos sua libertação imediata e incondicional, assim como se ponha um fim as perseguições a nível judicial contra ele. Reiteramos as autoridades brasileiras para que adotem medidas mais apropriadas para garantir a segurança, a integridade física e psicológica do Pe. Amaro e assim como de todas as pessoas defensoras dos direitos humanos no Brasil.
Tabatinga, AM – Brasil, 24 de abril de 2018
Enviado por Luis Miguel Modino