Reportagem injusta da mídia é um jeito de violentar os direitos do povo tão sofrido. E prova cabal da mentira … 4ª Nota
Eis um exemplo: De forma injusta, a TV Globo fez reportagem – “Prefeitura de Betim vai recorrer contra decisão que suspendeu o despejo” – pró Prefeitura de Betim e contra as mais de 50 famílias do Beco Fagundes, que resistem de forma justa, ética, legítima e necessária contra processo escuso, injusto e covarde que a prefeitura de Betim move contra as famílias, sem comprovar risco real nas 27 casas com mais de 50 famílias. Muitas mentiras da prefeitura de Betim foram desmascaradas na reunião da Mesa de Negociação que aconteceu ontem, dia 04/1/22, o que pavimentou o caminho para a suspensão judicial do brutal e violento despejo que estava marcado para acontecer hoje, dia 05/1/2022.
Temos que esclarecer algumas questões para restabelecermos a verdade sobre a infeliz e violentadora reportagem acima: 1) Por que mostrar só as casas que já foram desocupadas dois anos atrás e estão sem janelas? Por que não mostrar que nas 27 casas, onde estão cerca de 50 famílias, não existem rachaduras nas casas? Isso é falsear a verdade e induzir a população de que o despejo é necessário. Assim, a TV Globo violenta os direitos do povo.
2) Por que mostrar que “as famílias” já estão com as malas arrumadas para deixar as casas, o que é minoria da minoria? Por que não mostrar que a quase totalidade das cerca de 50 famílias estão firmes e não aceitam jamais o despejo, porque sabem que as casas não oferecem risco de habitabilidade?
3) É mentira dizer “o que ficar aqui vai ser derrubado”, porque conquistaremos o restabelecimento da verdade e as cerca de 50 famílias que resistem nas 27 casas, de dois ou três andares, sem rachaduras, em ÁREA PLANA, longe da encosta de 200 a 400 metros, conquistarão o direito de continuar morando nas suas casas, o que fazem há 40 anos. Essa é a verdade que prevalecerá. Induzir entendimento de que “quem ficar será derrubado” é postura tendenciosa pró prefeito de Betim, que de forma autoritária não se abre ao diálogo.
4) O laudo da Defesa civil foi questionado na reunião da Mesa de Negociação por outros geólogos independentes. Frisamos, as cerca de 50 famílias que vivem nas 27 casas não estão em área de risco.
5) Mentira também dizer que a área não suporta a continuidade das 27 casas lá e das lojas muito bem construídas. A prefeitura de Betim não fez sondagem do solo e nos últimos dois anos não houve mais nenhum deslizamento. E as lojas que estão na parte de cima da encosta fizeram sondagem no solo e o resultado revelou garantia que não haverá mais deslizamento. As lojas têm fundações muito seguras.
5) Injusto também a TV Globo dizer que “a prefeitura de Betim ofereceu para as famílias três possibilidades: a) aluguel social; b) mudanças para casas populares no bairro Citrolândia; c) mudança para casas populares que vão ser construídas no bairro Cristina.” Concluir a reportagem desta maneira VIOLENTA os direitos humanos das famílias, pois induz a população a pensar que a prefeitura de Betim está sendo justa, o que não é verdade.
É preciso explicitar que as três possibilidades PARECEM justasS, MAS SÃO PROFUNDAMENTE INJUSTAS, não são alternativas justas e prévias. Primeiro, porque o aluguel social de apenas 450,00 não é suficiente para alugar uma casa pelo menos semelhante a que as famílias perderão. As 51 famílias que foram retiradas de suas casas dois anos atrás, mais próximas da encosta, estão tendo que complementar de 150 a 500 reais para pagar aluguel. E para piorar a situação, onde estão alugando pagam contas de água e energia bem mais caras. Logo, auxílio aluguel de apenas 450,00 é muito injusto. Segundo, as “casas populares” são casinhas de menos de 40 metros quadrados, “caixotes” que não são moradias dignas como as que as famílias construíram no Beco Fagundes. E mudar para o bairro Citrolândia, para casinhas apertadas, sem água e energia ainda, e pior, longe do Beco Fagundes, onde as famílias têm suas raízes e laços afetivos, familiares, de amizade, de escola, posto de saúde, etc. é injusto. Lamentamos e repudiamos essa reportagem da TV Globo, que induz a população a pensar que o despejo é necessário e que as migalhas oferecidas são justas. ESSE DESPEJO QUE QUEREM FAZER NÃO É NECESSÁRIO E NEM JUSTO; é forçado e injusto! A mídia precisa mostrar os verdadeiros motivos que estão movendo o prefeito de Betim a insistir de forma autoritária, sem necessidade, a fazer este despejo. Por isso, repudiamos esta reportagem!
Eis outro exemplo de Reportagem covarde, tendenciosa, criminosa, vexaminosa e mentirosa: a do Jornal Estado de Minas, de 05/1/2022, intitulada “Casas depenadas e becos vazios por medo de despejo em Betim”. MENTIRA, violência perpetrada na reportagem acima. Uma reportagem irresponsável, covarde e nojenta. Eu, frei Gilvander, e vários outros apoiadores e apoiadoras da luta justa, legítima e necessária da Comunidade do Beco Fagundes estivemos lá na Comunidade na noite do dia 04/01/2022, após conquistarmos a suspensão do despejo brutal, covarde, ilegal, inconstitucional, arbitrário, desumano que estava na iminência de acontecer. Fizemos uma linda celebração da vitória! O entusiasmo das cerca de 50 famílias era estrondoso. Cantos e mais cantos, falas emocionadas de felicidade, agradecimentos a Deus e a todos que participaram da luta árdua, digna e necessária para conquistarmos a suspensão do despejo.
Hoje, dia 05/1/2022, eu, frei Gilvander, e o geólogo Dr. Carlos von Sperling estivemos novamente na Comunidade do Beco Fagundes de meio dia até às 19h30. Fizemos assembleia, Dr. Carlos iniciou a elaboração de um laudo geológico imparcial e idôneo, e as cerca de 50 famílias estavam numa alegria imensa. Esse é o clima predominante. Fiquei indignado ao ler o contexto de um pretensa desolação que o Mateus Parreiras, do Jornal Estado de Minas, viu. Óbvio que se as cerca de 50 famílias lutaram vários dias, “dia e noite”, à exaustão, puderam dormir em paz depois de 23/12/22, quando receberam a notificação covarde e criminosa de quem a PM teria marcado o despejo para o dia 05/1/2022. O “jornalista” deveria, no mínimo, se informar melhor. Se no dia 05/1, cedo, ele viu poucas pessoas no Beco Fagundes, é porque as famílias estavam descansando um pouco mais após a vitória abençoada e necessária. Por isso, REPUDIAMOS ESTA REPORTAGEM COVARDE E MENTIROSA DO “EM”.
Indico para o “jornalista” que fez a “reportagem” mentirosa do “EM” ler o livro “O deserto é fértil”, livro de Dom Hélder Câmara. A história demonstrará que onde ele viu “só deserto e desolação” estão cerca de 50 famílias de pessoas simples, dignas, trabalhadoras e lutadoras pelos seus direitos. E não serão despejadas. Venceremos!
Em tempo: descobrimos agora a pouco prova cabal do que move o prefeito de Betim, MG, Vitório Mediolli, a fazer a pressão infernal para despejar SEM NECESSIDADE, pois é MENTIRA dizer que existe risco geológico na área. É ação higienista, racista e truculenta, interesses do grande capital que está tentando enganar inclusive o TJMG. Mas hoje, 06/01/2022, a Estrela de Belém que guiou os Magos do Oriente para se desviar do opressor e sanguinário rei Herodes e encontrar o menino-Deus, Jesus Cristo e “voltaram seguindo por outro caminho” para gerar vida e fraternidade. A “Estrela de Belém” nos mostrou a prova cabal inquestionável de que alegar risco geológico para despejar mais de 50 famílias e demolir 75 casas é pura mentira, é cortina de fumaça para implementar um projeto megalomaníaco na área. Ou seja, a área do povo pobre trabalhador agora está sendo cobiçado e se tornou ÁREA DE RICO e não de risco. Vem aí a prova …!
BETIM, MG, 06 de janeiro de 2022, às 18h30.
Assinam esta Nota Pública:
Comunidade do Beco Fagundes
Comissão Pastoral de Terra (CPT/MG)
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas
Rede de Apoio de Betim, BH e RMBH.
Entenda o gravíssimo conflito urbano instalado em Betim, MG.
No dia 23 de dezembro de 2021, “véspera” do Natal, em pleno recesso do judiciário e no apagar das luzes do ano, moradores do Bairro Jardim Teresópolis, da Comunidade do Beco Fagundes – beco largo onde passam carros e até caminhões -, município de Betim, MG, em especial 27 famílias, receberam da Defesa Civil de Betim a notificação de decisão de um juiz de plantão que deveriam sair de suas residências até o dia 04 de janeiro de 2022, pois no dia 05/01/2022, a Polícia Militar de MG, com comunicação já feita à Mesa de Negociação e a Comissão dos Direitos Humanos da ALMG demoliria as suas casas.
Vinte e sete (27) famílias, muitas delas que moram no local há 40 anos, foram surpreendidas com esta decisão absurda e abusiva do TJMG a pedido da Prefeitura de Betim, do prefeito Vitório Mediolli. Os moradores da região aguardam há dois anos, quando houve um deslizamento em local próximo – de 200 a 400 metros de distância -, conforme prometido pelo atual prefeito de Betim, que fosse construído um muro de arrimo na localidade. Mas até hoje nada foi feito para barrar ou impedir um possível novo deslizamento de um barranco que existe perto de algumas das casas, já sem moradores. As famílias foram enganadas! Fica claro que se trata de uma manobra da prefeitura de Betim. As 27 casas indicadas para despejo estão longe do barranco, mais de 200 metros de distância, sem nenhum sinal que estejam sob risco de serem afetadas. Tudo indica se tratar de uma manobra de especulação imobiliária, pois utiliza uma área muito maior que a de fato eventualmente com algum risco geológico. Por que o muro de arrimo previsto não foi construído no período seco nos últimos dois anos? Por que o Prefeito Vitório Mediolli esperou as chuvas recomeçarem para aterrorizar os moradores? Muitas das famílias sob o risco de despejo são compostas por crianças, idosos, cadeirantes e doentes. Mulheres e homens estão sob forte tensão com esta ameaça de despejo e a grande responsabilidade de resistir a este abuso de poder em pleno recesso do judiciário.
Os moradores exigem que o muro de arrimo seja construído como prometido! Não vão sair do Beco Fagundes! Um engenheiro da prefeitura de Betim disse para as famílias que as 27 casas não tem nenhum risco de desmoronamento. Ele pediu para não divulgar o nome dele para não ser perseguido. De fato, as 27 casas, muitas delas de 2 e de até 3 andares, foram construídas há cerca de 40 anos. A área é asfaltada, com ligação de água da COPASA e energia da CEMIG e as casas estão todas NO PLANO. Se tivessem no barranco ou em um morro até poderia se cogitar algum risco, mas NO PLANO, como pode haver algum risco, se, inclusive, com as fortes chuvas dos últimos dias nenhuma avaria no morro que está distante aconteceu? Absurdo este despejo em tempo de pandemia e em época de Natal e de virada de ano!
Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.
1 – Iminência de brutal despejo de 27 famílias no Beco Fagundes, Teresópolis Betim/MG. Vídeo 1 – 02/1/22
2 – Socorro! Demolir 27 casas de até 3 andares n Comunidade Beco Fagundes Teresópolis, Betim/MG? Vídeo 2
3 – “Despejo em Betim/MG é absurdo sobre todos os aspectos: ilegal, sem risco” (Dr. Ailton). Vídeo 3
4 – “Não há risco geológico nas 27 casas EM ÁREA PLANA, Beco Fagundes, Betim, MG.” (Dr. Edson). Vídeo 4
5 – “Que sabedoria é esta?! Que aula magna! Rei nu.” “É desumano nos despejar!” Betim, MG.” – Vídeo 5
6 – “Se derrubarem nossas 27 casas, nossa mãe morrerá, pois é acamada e hipertensa.” Betim/MG.” -Vídeo 6
7 – “Estou nesta casa há 14 anos, 3 andares, sem nenhuma rachadura. Por que despejo? Betim/MG.” -Vídeo 7
8 – “Suspendam o despejo em Betim, MG. Absurdo brutal. MESA DE NEGOCIAÇÃO, JÁ!” (Frei Gilvander)-Vídeo 8
9 – Prefeitura de Betim/MG e COPASA estão causando risco na encosta do Beco Fagundes. Lana/Frei Gilvander
10 – Ouça! CLAMOR DO POVO da Comunidade do Beco Fagundes, Betim/MG, ameaçados de despejo. Lute! – Vídeo 1
11 – “Socorro!” Informe de Frei Gilvander: Reunião da Mesa de Negociação. Despejo em Betim/MG? – 04/01/22