Violência contra os Povos Indígenas, em Belo Horizonte, MG: Roda de Conversa no CEDEFES. 4ª Parte. 23/4/2018.
Povos Indígenas, em Belo Horizonte, capital mineira, e na Região Metropolitana de BH (RMBH), ao longo dos anos, têm sido vítimas de violência, discriminação, preconceito e racismo por parte, principalmente, do Poder Público, que se nega a cumprir a lei na responsabilidade da assistência, do desenvolvimento de politicas públicas específicas para os Povos indígenas e ainda tenta lhes tirar seus direitos assegurados pela Constituição Federal, sem respeitar, sobretudo, sua legitimidade de verdadeiros donos das terras brasileiras. Essa irresponsabilidade do Poder Público fomenta atitudes de ódio e violência, por parte da população e, sobretudo, por parte da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e da Guarda Municipal de Belo Horizonte, que se julgam com poder para intimidar, perseguir e violentar integrantes dos Povos Indígenas, tanto física como moralmente. Se nos causa indignação a violência, com tantos assassinatos de indígenas, nas matas e florestas, pela expropriação de suas terras pelos “brancos”, essa mesma indignação se manifesta pela falta de respeito à dignidade dos Povos Indígenas nas cidades, especificamente, nesse caso, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tanto nas matas como na cidade, essa violação de direitos é provocada pela ganância do capital e pela cumplicidade do Poder Público com o sistema do capital, que se manifesta conivente dessas ações de violência. Essa alarmante e preocupante situação a que estão expostos os Povos Indígenas na cidade de Belo Horizonte e Região Metropolitana motivou a Roda de Conversa realizada no CEDEFES (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – www.cedefes.org.br ), em Belo Horizonte/MG, no dia 23/4/2018, que teve como tema: “Direitos Indígenas e a questão ambiental: partilhando reflexões para a luta”. Participaram dessa Roda de Conversa várias lideranças indígenas, a Professora Dra. Alenice Baeta, historiadora e arqueóloga, e outros/as integrantes do CEDEFES, o frei Gilvander Moreira, da CPT, o Pablo, da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), entre outros. A luta por respeito aos direitos dos Povos Indígenas na capital mineira e Região Metropolitana se intensifica e a Rede de Apoio cresce e se fortalece. Respeitar os Povos Indígenas e seus direitos é dever de todos, o que passa por respeito aos seus saberes, à sua cultura, à sua vida.
*Filmagem de frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs e do CEBI. Edição de Nádia Oliveira, da Equipe de Comunicação da CPT-MG. Belo Horizonte/MG, 23 de abril de 2018.
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